São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 1996
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Votação é calma em todo o país

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

O sol forte banha a Cidade Velha, o coração de Jerusalém, e seus lugares sagrados.
Turistas de bermudas misturam-se aos fiéis de quipá que vão rezar no Muro das Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo.
Nem parece o dia de uma eleição histórica. Colégios eleitorais instalaram-se às 7h (1h da madrugada no Brasil), como previsto, salvo nas pequenas cidades, onde as urnas abriram uma hora mais tarde.
Até nos presídios se cumpriu a rotina, para 3.000 guardas e 6.000 presos. Entre eles Yigal Amir, assassino do premiê Yitzhak Rabin.
Amir, aliás, é tema de anúncio de página inteira no jornal "Maariv". Mostra sua foto e pede: "Não deixem que ele vença".
Só há incidentes menores, como a prisão de ultra-ortodoxos, por violarem os 25 metros além dos quais a boca de urna é proibida.
Informes sobre tentativas de assassinato contra Peres, por judeus extremistas, fizeram sua segurança ser ainda mais reforçada.
A festa foi até o sol se pôr, quase 20h (14h em Brasília). As urnas se fecharam às 22h e, aí sim, o feriado deu lugar à tensão.
(CR)

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