São Paulo, sábado, 1 de junho de 1996
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Crescem ataques ao bloqueio a Cuba

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A ofensiva contra o bloqueio americano a Cuba cresceu ontem com a adesão do Chile e da Inglaterra. Governos e empresários do México, Canadá e Espanha vinham reagindo nos últimos dias à aplicação da Lei Helms-Burton pelo presidente Clinton. A lei prevê punições a executivos de empresas que tenham negócios com Cuba.
O Chile é hoje um importante investidor na economia cubana, com recursos acumulados de U$ 60 milhões entre 1990 e 1996, segundo a Câmara de Comércio de Santiago. Os capitais chilenos foram canalizados principalmente para a hotelaria, o cultivo de cítricos, a fabricação de sucos e a indústria de calçados.
"Não nos amedrontaremos no desenvolvimento de nossas atividades e continuaremos investindo, fazendo comércio e trabalhando com Cuba", diz uma nota divulgada por empresários chilenos. O governo do Chile rechaçou a iniciativa americana, considerando-a contrária ao direito e às práticas do comércio internacional.
O Banco do Estado, chileno, renovou um crédito de U$ 15 milhões para financiar exportações chilenas a Cuba.
Autoridades da Inglaterra também declaram ontem que seu país está "firmemente oposto" à lei Helms-Burton. O vice-ministro de Assuntos Exteriores britânico, Sir Nicholas Bonsor, afirmou que a lei "não contribui para o processo de desenvolvimento econômico".

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