São Paulo, sábado, 1 de junho de 1996
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Palestinos pedem que acordo seja respeitado

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Taieb Abdel-Rahim, secretário-geral da Presidência da Autoridade Nacional Palestina, disse ontem que respeitava a decisão do povo israelense e esperava que o novo governo honrasse acordos de paz feitos no governo trabalhista.
"Nós assinamos os acordos com o governo de Israel e não com um dos partidos. Assim, pedimos ao novo governo que os continue implementando", disse. "Vamos esperar para ver se a política do novo governo é a paz pela ocupação ou a paz pela coexistência."
A mulher do líder palestino Iasser Arafat, Suha, disse que o processo de paz no Oriente Médio deve continuar apesar da vitória de Netanyahu. "É do interesse de todos, igualmente de palestinos e israelenses, que o processo de paz continue", disse, em Bruxelas, numa conferência de paz da Bósnia.
Países árabes
O Egito afirmou que Netanyahu tinha pouca opção a não ser seguir o processo de paz na região.
O porta-voz do governo egípcio, Nabil Osman, disse que as eleições eram uma questão israelense, mas que o sentido da paz era uma tendência histórica irreversível.
Osman lembrou que o Egito fez seu acordo de paz com um premiê israelense de direita, Menachem Begin, e resolveu disputa territorial sobre a região de Taba com o também direitista Yitzhak Shamir.
A Síria, cujas colinas do Golã são ocupadas por Israel desde 1967, não fez declaração oficial, mas a rádio oficial disse que em governo israelense a paz era uma opção estratégica para o país.
A Jordânia disse acreditar que o processo de paz continuaria, mas o premiê Abdul-Karim Al Kabarati afirmou que previa alguns obstáculos até que ele tomasse força.

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