São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996
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Schumacher vence a primeira na Ferrari

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A BARCELONA

Michael Schumacher obteve ontem uma vitória avassaladora no GP da Espanha, a sétima etapa do Mundial de 1996 da F-1.
Sob um verdadeiro temporal, dizimou os adversários para alcançar a 20ª vitória de sua carreira, a primeira pela Ferrari.
Seu desempenho ofuscou a conquista ferrarista. A escuderia não vencia desde o GP do Canadá do ano passado, há quase um ano.
Em condições normais, o carro vermelho não levaria o piloto à vitória. Em condições adversas, foi Schumacher que venceu. Só ele.
Na largada, perdeu diversas posições: o crônico problema de embreagem, que o persegue desde o GP de San Marino.
A partir da metade da corrida, percebeu um barulho diferente no V10 -desconfiava, após a prova, que o motor trabalhava com apenas oito ou nove cilindros, tirando-lhe cerca de 10 km/h nas retas.
Mesmo assim, considerou o desempenho de seu carro "perfeito" e, diante das câmeras, cumprimentou seus mecânicos, um a um.
O diretor esportivo da Ferrari, Jean Todt, mereceu um banho de champanhe no pódio. Em troca, o francês deu um beijo no alemão, como se este fosse um filho.
Empáfia
Na entrevista coletiva, com o macacão encharcado pela chuva, tremia de frio, o que não lhe impediu de manter a empáfia. Vencer com a Ferrari? "Não foi a minha primeira vitória. Foi a 20ª."
Sobre a chuva, reconheceu ter se surpreendido com o bom comportamento de seu carro. "Mas preferia pista seca. Estava perigoso."
A ponto de defender a largada, nesses casos, com carro-madrinha. "O safety car foi criado para isso. Não entendo por que não o utilizaram hoje (ontem)." Era o caso.

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