São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996
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Sai no Brasil foto "pulp" de Weegee

ANA MARIA GUARIGLIA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Está sendo lançado no Brasil, o livro "Weegee's New York, 1935-1960", com a obra do fotógrafo Arthur Fellig.
Para chegar logo e perto dos fatos, antes mesmo da polícia e das autoridades, Weegee utilizava um rádio da polícia, garantindo seu assento na primeira fila dos acontecimentos.
O apelido Weegee não foi escolhido ao acaso. Foi emprestado de um fonema "Ouija". Significa aquele que pode prever eventos e estar presente onde a ação ocorre.
No livro "Cidade Nua", de 1945, desenvolvido como um "pulp fiction", que depois se tornou uma série para a TV, Weegee deixou clara sua posição de voyeur.
Foi o primeiro fotógrafo a usar filmes infravermelhos, que permitiam que as fotos fossem tiradas de modo discreto.
Em 1938, Weegee obteve a permissão oficial para instalar um rádio de polícia em seu carro, e em 40 passou a usar a estampa 'Weegee the Famous', como forma de autopromoção.
Entre 40 e 50, ele proclava ter coberto mais de cinco mil assassinatos, usado mais de dez câmeras e cinco carros.
Weegee (Arthur Fellig) (1899-1968) nasceu na Polônia, e veio como imigrante para os Estados Unidos com dez anos de idade.
Formou-se em uma escola pública, trabalhou com impressão fotográfica e em uma casa especializada em portraits para crianças. Trabalhou também para a "Acme Newspictures" (1924), que se tornou a United Press International Photos. Publicou "Cidade Nua" (Dwell, Sloan & Pierce, 1945), e foi para Hollywood 47, tornando-se consultor técnico da série.

Livro: Weegee's New York
Onde: Freebook (r. da Consolação, 1.924, tel. 011 256-0577)
Preço: R$ 65

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