São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996 |
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Sai no Brasil foto "pulp" de Weegee
ANA MARIA GUARIGLIA
Para chegar logo e perto dos fatos, antes mesmo da polícia e das autoridades, Weegee utilizava um rádio da polícia, garantindo seu assento na primeira fila dos acontecimentos. O apelido Weegee não foi escolhido ao acaso. Foi emprestado de um fonema "Ouija". Significa aquele que pode prever eventos e estar presente onde a ação ocorre. No livro "Cidade Nua", de 1945, desenvolvido como um "pulp fiction", que depois se tornou uma série para a TV, Weegee deixou clara sua posição de voyeur. Foi o primeiro fotógrafo a usar filmes infravermelhos, que permitiam que as fotos fossem tiradas de modo discreto. Em 1938, Weegee obteve a permissão oficial para instalar um rádio de polícia em seu carro, e em 40 passou a usar a estampa 'Weegee the Famous', como forma de autopromoção. Entre 40 e 50, ele proclava ter coberto mais de cinco mil assassinatos, usado mais de dez câmeras e cinco carros. Weegee (Arthur Fellig) (1899-1968) nasceu na Polônia, e veio como imigrante para os Estados Unidos com dez anos de idade. Formou-se em uma escola pública, trabalhou com impressão fotográfica e em uma casa especializada em portraits para crianças. Trabalhou também para a "Acme Newspictures" (1924), que se tornou a United Press International Photos. Publicou "Cidade Nua" (Dwell, Sloan & Pierce, 1945), e foi para Hollywood 47, tornando-se consultor técnico da série. Livro: Weegee's New York Onde: Freebook (r. da Consolação, 1.924, tel. 011 256-0577) Preço: R$ 65 Texto Anterior: Lindbergh mostra suas dez mulheres em livro Próximo Texto: Cinemateca exibe novo cinema italiano Índice |
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