São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996
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Pobres ameaçam democracias

DO ENVIADO ESPECIAL A ISTAMBUL

Istambul envia um recado político: os grandes centros urbanos dos países pobres tendem a se transformar em focos de instabilidade para os sistemas democráticos.
Os países pobres têm escassez de recursos, não conseguem reduzir sequer as carências passadas e, muito menos, acompanhar as novas demandas por água, esgoto, casa, educação e saúde.
Para complementar, os investidores indicam que preferem lugares menos conturbados para jogar seus investimentos, e é incessante o aumento da mão-de-obra.
A Habitat 2, não por acaso, é o último da série de encontros promovidos pela ONU nesta década. Ela vem depois dos encontros sobre ecologia ( Rio), mulher ( China), direitos humanos ( Áustria), população ( Egito), criança (EUA) e social ( Dinamarca).
A idéia é que todas as propostas e idéias geradas nesses encontros devem ser aplicadas simultaneamente nas cidades, onde vai morar a maioria dos habitantes.
Estimular o planejamento familiar reduz a pressão populacional das cidades. O desenvolvimento sustentável, com respeito ao meio ambiente, é decisivo para reduzir a degradação urbana, e o investimento social aumenta a cidadania e, por sua vez, o nível educacional.
A tendência dominante é de que todos se sensibilizem para o fato de que todas essas soluções combinadas só terão eficiência se aplicadas num sistema de parceria, com o entrosamento de governos centrais, locais, comunidade.

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