São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996
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Aposentado reclama de aumento de 38% em maio

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

Após o aumento de junho, quase 44% da renda de João Uhrig, 74, relações públicas aposentado, está comprometida com a mensalidade de seu plano de saúde na Blue Life.
Ontem, ele ligou para a empresa para se informar sobre a suspensão, determinada pelo governo, do reajuste de 38,08% aplicado sobre a mensalidade, de R$ 204 em maio.
"Eles falaram que a suspensão do aumento não passava de um boato da imprensa", disse.
Segundo ele, é inaceitável que os aposentados recebam reajuste de 15% nos benefícios e tenham de pagar aumento de mais de 38% nas mensalidades do plano de saúde.
"Com uma aposentadoria de R$ 642, é impossível pagar os R$ 281 e uns quebrados que eles pedem. Vou ter de negociar e talvez até partir para um outro tipo de plano, mais barato", disse Uhrig.
Advogados
Ele disse que não pode ficar mais nas filas do Procon, como fez anos atrás, para que o valor seja revisto, e vai ter de buscar outra saída.
"Vou contatar meus amigos advogados", disse ele.
Salvador Luna, 58, representante de vendas, trocou de empresa -a Amil pela Medial- para pagar menos no plano de saúde.
"Fiz as contas e percebi que, caso eu aceitasse pagar o aumento agora de junho, minha mensalidade na Amil teria acumulado reajuste de nada menos que 96% em 14 meses", disse Luna, que pretende recorrer ao Procon.
A administradora de empresas Aida de Jesus Martins Rodrigues, 42, estudava ainda o que fazer contra o reajuste de 35% em seu plano de saúde da Blue Life em junho.

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