São Paulo, sexta-feira, 7 de junho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Japonês esquenta com saquê, robata...

EITAN ROSENTHAL
ESPECIAL PARA A FOLHA

A aproximação do inverno faz com que a maioria dos restaurantes japoneses da cidade incremente seu leque de pratos quentes, servidos em chapas fumegantes ou preparados em pequenos fogareiros à mesa. Algumas das casas chegam mesmo a criar menus especiais para os dias frios.
O talento dos japoneses com a estação fria é compreensível, já que o Japão é uma ilha sujeita a invernos rigorosos por sua latitude e sua geografia montanhosa.
Por isso, os japoneses inventaram pratos como o shabu-shabu, em que, numa vasilha com água fervendo que vai à mesa sobre uma chama, adiciona-se tempero de peixe, algas e verduras. Finalmente, como num fondue, mergulha-se finas fatias de carne que são comidas com molhos diversos.
O Semba oferece o prato para duas pessoas por R$ 40. Durante junho, mês de aniversário do restaurante, todas as contas de jantar têm 20% de desconto.
Outro prato famoso é o sukiyaki. Uma panela rasa é levada à mesa sobre um fogareiro. Nela derrete-se manteiga e se põem finas fatias de carne para dourar. A seguir, juntam-se uma calda com saquê, açúcar, vinho branco doce e shoyu. Depois, tofu, macarrão japonês pré-cozido, cogumelos, cebolinha, alho-poró, espinafre e ovo cru. Todos à mesa se divertem muito, comendo as partes cozidas diretamente da panela e adicionando mais ingredientes ao refogado.
O sukiyaki é oferecido pelo Nanako a R$ 13 por pessoa, com direito a missoshiro e sobremesa. No Iti-Fuji. o sukiyaki custa R$ 45 para duas ou até três pessoas, e sua variação grelhada, o batayaki, custa R$ 49. No Kazuki Sushi, ambos custam R$ 38 (o prato duplo).
Outra boa pedida é o yosenabe, em que peixe, frutos do mar, cogumelos shitake, tofu e legumes diversos são preparados à mesa num caldo de peixe.
O Sushi-Kiyo cobra R$ 32 por uma generosa porção dupla. O prato tem o mesmo preço no Gombe, um dos precursores da culinária japonesa em São Paulo e célebre pela sua robata (espetinhos diversos assados na hora num braseiro bem conveniente em dias frios). Esses custam de R$ 1,50 (legumes) a R$ 5 (camarão) por unidade.
O restaurante Sea House inova neste inverno com o seu "fuyu set", que inclui tchawan mushi (pudim de frutos do mar no vapor), suimono (consomé de peixe), mushi mono (tofu, shimeji, camarões e verduras no vapor), tempurá udon (macarrão japonês com legumes e camarões empanados) e um combinado de sushi e sashimi.
O banquete custa R$ 21,80 por pessoa e é servido apenas no jantar. Para acabar de vez com o frio, inclui uma garrafinha de saquê quente.
O Sushi Company também traz uma novidade interessante. É o sashimi grelhado, em que pequenas fatias de peixe temperadas são assadas num forninho de cerâmica que vai ao centro da mesa. Por R$ 32 (para dois), é especialmente indicado para quem sempre quis experimentar sashimi, mas não assimila a idéia de comer peixes crus.
As opções não param por aí. Teppans (carne, peixe ou frango servido em chapa quente), yaki-sakana (peixe grelhado), missoshiro (sopa à base de massa de soja) e yakissoba (macarrão com legumes) são pratos quentes comuns aos muitos restaurantes japoneses da cidade.

E-mail±eitanbr@br.homeshopping.com.br

Semba: r. Treze de Maio, 1.050, tel. 283-1833, Bela Vista; Nanako: três endereços (av. Lavandisca, 627, tel. 531-4614, Moema; r. Tanabi, 249, Perdizes, tel. 864-4867; r. Nova York, 606, tel 531-1767, Brooklin); Iti Fuji: al. Jaú, 487, tel. 285-1286, Jardim Paulista; Kazuki Sushi: al. Guaramomis, 248, tel. 531-9220, Moema; Sushi-Kiyo: r. Treze de Maio, 950, tel. 285-2025, Bela Vista; Gombe: r. Tomás Gonzaga, 22, tel. 279-8499, Liberdade; Sea House: al. Lorena, 1.267, tel. 3064-6404, Jardim Paulista; Sushi Company: r. Dr. Renato Paes de Barros, 769, tel. 820-5220, Itaim

Texto Anterior: Noite 1; Noite 2; Londres
Próximo Texto: Italianos discutem gastronomia
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.