São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996 |
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Cuidado ao internar pode evitar problema
DA REPORTAGEM LOCAL Alguns procedimentos básicos ao internar um familiar em uma casa para idosos podem evitar problemas como os registrados na Clínica Santa Genoveva, no Rio.O primeiro é checar se a instituição tem registro na Vigilância Sanitária, que é vinculada à Secretaria da Saúde, e no Conselho Regional de Medicina. Para saber isso, peça à direção para ver os registros da clínica (leia quadro). O imóvel da instituição também é uma boa fonte de informações sobre a qualidade do atendimento. Ele deve estar em boas condições de manutenção -sem umidade nas paredes, por exemplo- e ter quartos que recebem luz do sol, pelo menos em algum período do dia. Não deixe de ver o quarto que será destinado ao idoso. Profissionais Conheça também o médico responsável pelo atendimento aos internos -há clínicas que nem sequer têm esse tipo de profissional- e converse com funcionários -como o cozinheiro- para avaliar a qualidade dos serviços oferecidos. A comida é um dos pontos mais importantes. Veja se a cozinha é limpa e se os alimentos são armazenados em condições adequadas. O cardápio, além de ser variado, deve contar com a orientação de um nutricionista. Além disso, esse tipo de estabelecimento deve oferecer programas de recreação e lazer. Nas instituições privadas, é necessário avaliar se a mensalidade cobrada é compatível com o que se oferece. Arquitetura O Ministério da Saúde tem uma série de orientações sobre como devem ser as instalações físicas dessas instituições. O prédio deve ter dois acessos (entradas e saídas), um deles especialmente projetado para facilitar a saída de pessoas doentes. A pintura deve ser clara e os corredores, desobstruídos -sem tapetes ou móveis. Nos trajetos, não deve haver objetos que possam provocar ferimentos -como maçanetas pontudas. Quanto menos escadas, melhor. Se houver, elas devem ser largas (sugere-se 1,5 metro) e ter corrimão dos dois lados. O piso deve ser antiderrapante. A norma é um sanitário para cada seis pessoas. No sanitário deve haver barras de apoio e campainha para socorro. É melhor que as portas dos banheiros abram para fora, o que evita acidentes caso elas precisem ser arrombadas. A área mínima dos quartos estabelecida pelo ministério da Saúde é de 6,5 m2 para uma pessoa e 25 m2 para quatro pessoas -número máximo permitido. Os beliches são proibidos. As camas devem ter altura entre 60 e 80 centímetros. Texto Anterior: Saúde ignora idosos, afirmam médicos Próximo Texto: Zona sul de SP tem casa '5 estrelas' Índice |
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