São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996
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Produtos necessitam de investigação comercial

Especialistas recomendam avaliar a geração de conceitos

DO "EL PAÍS"

"Espelho, espelho meu, continuo sendo a mais bela do bairro?" Atualmente, a resposta mais prosaica sobre a vigência e o vigor de um produto no mercado vem da investigação comercial.
Saber qual é o atributo mais valorizado de um produto, se o preço pode ser reduzido para aumentar a penetração no mercado ou se o consumidor é fiel são aspectos essenciais para não se perder a batalha da competitividade.
O caso "Blancanieves" consiste em medir, de forma permanente, as percepções do consumidor e o impacto de um produto. Ferramentas tão imprescindíveis como o espelhinho do antigo conto.
"As empresas precisam realizar investigações comerciais de forma sistemática para medir o impacto que os produtos continuam tendo", afirma Ildefonso Grande, professor da Universidade Pública de Navarra.
Fidelidade
A partir do conhecimento do comportamento dos consumidores, as empresas alteram suas políticas de preços, buscam a fidelidade do cliente ou aumentam seus serviços de qualidade.
Sem estas ferramentas, os produtos correm o risco de se tornarem obsoletos ou que o mercado demande outros serviços.
A investigação comercial deve se realizar basicamente "para conhecer o cliente e quantificar seu potencial de compra", segundo Jorge Santacana, diretor da Ogilvy.
"É básico", afirma, "determinar um perfil do consumidor que ajude a comunicar-se com ele".
A investigação comercial se sofistica cada vez mais devido à necessidade de realizar uma fotografia mais próxima possível dos clientes fiéis ou potenciais.
Segmentar, afinando-se às características desse consumidor, é o desafio de quem se dedica à investigação comercial.
O lançamento de um novo produto envolve elevados riscos. Para isso, é preciso realizar um estudo de mercado que reduza as possibilidades de equívoco.
Ferramentas
São três as ferramentas habituais da investigação comercial: a geração de conceitos, o teste dos conceitos e o teste de produto.
A geração de conceitos parte do próprio mercado. "O objetivo dessa fase é gerar idéias para desenvolver novos produtos e serviços ou detectar novas características e usos para os já existentes", afirma Ildefonso Grande.
O segundo passo está no teste dos conceitos. O objetivo é comprovar se o produto tem credibilidade e é atrativo.
A terceira ferramenta é o pré-teste publicitário. Seu objetivo é analisar um produto tangível.
Na opinião de Luis Fatjo-Vilas, diretor da Dympadel, empresa que realizou um recente estudo sobre o consumidor, "o pré-teste publicitário serve para analisar a operacionalidade ou não de um anúncio. Diante da análise, avalia-se seu impacto. Após a campanha, também é possível avaliar seus resultados".

Tradução de Nelson Rocco

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