São Paulo, segunda-feira, 10 de junho de 1996
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Buenos Aires tem casos

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

A Argentina, país que tem 9% da população com mais de 65 anos, convive com uma profusão de asilos e clínicas geriátricas irregulares, que escapam a qualquer fiscalização.
"É muito difícil detectar os asilos. A maioria nem sequer pede habilitação municipal", disse à Folha Angel Cosentino, responsável pela fiscalização na prefeitura de Buenos Aires.
Quando uma entidade irregular é descoberta, os proprietários são multados, e os idosos são transferidos para clínicas públicas.
Há alguns meses foi descoberto um instituto geriátrico irregular em plena região central da capital. "Os idosos estavam desnutridos e maltratados", disse o gerontólogo Raul Rosenberg.
As famílias que não dispõem de atendimento público e de dinheiro para pagar uma clínica privada acabam recorrendo às irregulares, mais baratas.
Na maior parte dos casos, trata-se de verdadeiros "depósitos de gente", segundo José Vilches, diretor da Confederação Geral dos Aposentados.
A Argentina é o segundo país da América Latina com maior porcentagem de idosos na população. Só perde para o Uruguai (12%).

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