São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 1996 |
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Detentos fazem 18 reféns em Cuiabá Um PM foi morto durante tiroteio RUBENS VALENTE
O motim teve início durante uma fuga de presos, às 11h30. Houve tiroteio. O policial militar Jurandir Alberto da Anunciação, 23, morreu. Quinze presos conseguiram fugir. Durante a tarde, cinco foram recapturados. O grupo que fugiu rendeu 12 funcionários de uma firma de manutenção da rede elétrica que fazia serviços no interior do presídio e tomou o caminhão da empresa. Com o veículo, eles escaparam pelo portão principal. A guarda reagiu, e houve intenso tiroteio, por cerca de seis minutos. Os detentos estavam com cinco armas, cuja procedência a polícia ainda desconhece. Eles fugiram sem os reféns. Outro grupo, formado inicialmente por cerca 40 presos, invadiu o setor administrativo e rendeu seis servidores da penitenciária, incluindo o diretor Sílvio Feitosa. Ele foram feitos reféns junto com os 12 funcionários da empresa de manutenção. As negociações começaram às 13h30, com a chegada do juiz da Vara das Execuções Penais, Francisco Bráulio Vieira. O coordenador do Sistema Penitenciário do Mato Grosso e integrante da comissão de negociação, Zuzi Alves Filho, disse que os presos exigiam para a fuga 35 metralhadoras, cinco carros, R$ 30 mil e cinco recarregadores de baterias de telefone celular. Os reféns tinham três telefones celulares. O subsecretário estadual de Justiça, Sérgio Rubens, estima que cerca de 150 dos 219 presos instalados no presídio tenham aderido à rebelião durante a tarde. Ele disse não acreditar em uma solução rápida para o impasse. "Isso é coisa para três dias." Às 19h, ele dizia que os rebelados não haviam feito qualquer exigência formal, contrariando informações de Alves Filho. Texto Anterior: A revolução dos velhos e o imaginário infantil Próximo Texto: 12 mil procuram postos de venda Índice |
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