São Paulo, quinta-feira, 13 de junho de 1996
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Buaiz não sobe a palanque petista

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

O governador do Espírito Santo, Vitor Buaiz, disse ontem que não subirá ao palanque do PT na disputa pela Prefeitura de Vitória.
Buaiz resolveu desagradar a seu partido para não causar descontentamentos no PMDB e no PSDB, que também considera "aliados".
"A candidata do PMDB, Rita Camata, é minha aliada na Câmara dos Deputados, e os parlamentares do PSDB têm feito gestões junto ao governo federal para beneficiar o Estado", afirmou.
A postura deve acirrar a crise no PT capixaba, que lançou a candidatura de Otaviano de Carvalho à prefeitura, contrariando a posição de Buaiz, favorável a aliança com Camata.
A ala radical do partido, ligada ao deputado federal João Coser, já chegou a pedir a expulsão do governador.
O motivo foi o envio à Assembléia Legislativa de projeto de lei para regulamentar demissões voluntárias de servidores públicos.
Dois dos quatro deputados estaduais petistas se recusam a votar a favor do projeto, tachado de "neoliberal".
Buaiz contrariou o PT ao realizar reforma no Estado baseada na privatização e terceirização. "Os setores radicais reagiram muito mal", disse.
As declarações foram feitas na embaixada do Brasil em Buenos Aires. O governador chefiou uma comitiva de empresários que viajaram à Argentina em busca de investimentos.
Também participou da inauguração da linha marítima entre os portos de Zárate e Vitória, que transportará carros e autopeças.

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