São Paulo, quinta-feira, 13 de junho de 1996 |
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FHC ameaça pefelistas que votarem contra a CPMF Presidente afirma que dissidentes 'terão de prestar contas' DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso mandou ontem um duro recado ao PFL: os que votarem contra a CPMF "terão de prestar contas", já que, sem a contribuição, quem "perde é o povo do Brasil, que vai ficar numa situação de dificuldade".O PFL se mobiliza contra a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (o imposto do cheque) alegando "questão programática". Mas há resistências ao imposto até no PSDB. A defesa da CPMF foi feita no lançamento da 10ª Conferência Nacional de Saúde, que acontece entre os dias 2 e 6 de setembro. FHC afirmou que vai se "empenhar a fundo para ganhar" a votação da CPMF, mas sabe que pode perder. Virando-se para o ministro Adib Jatene (Saúde), disse: "Se perder, não perdemos nós dois. Perde o povo do Brasil, que vai ficar numa situação de dificuldade". "Não sei se o imposto é bom ou se o imposto é mau. Todo imposto é mau. Por isso, chama-se imposto, e não voluntário", afirmou. "Se os técnicos descobrirem fórmula melhor depois, nós passamos para a fórmula melhor." Adesão O presidente ganhou uma adesão de última hora. A professora Luciana Parisi, 31, presidente da Associação dos Portadores de Paralisia Cerebral do Brasil e integrante do Conselho Nacional de Saúde, pediu a palavra. Mesmo com dificuldade de falar, pediu apoio ao novo imposto. "Eu peço encarecidamente aos políticos em geral, ao querido presidente -porque sei o quanto ele está lutando pelo crescimento do nosso país-, para que essa CPMF seja aprovada", disse Luciana. Texto Anterior: Acidente mineiro Próximo Texto: PFL mantém as críticas Índice |
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