São Paulo, sábado, 15 de junho de 1996
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Como ocorreu a explosão

Motivo
Gás acumulado na caixa de concreto subterrânea foi acionado por uma faísca (produzida no poço do elevador ou casa das máquinas, por exemplo)

Hipóteses
GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de botijão) acumulado na caixa de concreto subterrânea foi acionado por uma faísca (produzida no poço do elevador ou casa das máquinas, por exemplo)

Hipóteses
1. Vazamento nas conexões: Vedação malfeita ocasionaria um vazamento pequeno e gradual, que daria tempo de o gás se misturar ao oxigênio do vão livre, atingindo o ponto de mistura explosiva (2% a 10% de gás para 90% a 98% de oxigênio);
Probabilidade: A mais considerada, segundo os peritos

2. Porosidade nas tubulações: Fissuras microscópicas causadas por defeito na fabricação dos canos ou por problemas na instalação do encanamento (marteladas, por exemplo). Atingiria o ponto de mistura e explodiria da mesma forma
Probabilidade: Reduzida. Pela experiência estatística dos peritos, é uma causa pouco comum

3. Rachadura no encanamento: o produto teria vazado por rompimento na tubulação subterrânea
Probabilidade: Quase nula, segundo os peritos. Nesse caso, o gás vazaria em grande quantidade, provocando um cheiro muito forte em todo o shopping. Com a grande vazão, o produto -que é mais pesado do que o ar- expulsaria o oxigênio do vão livre antes de atingir o ponto de explosão (sem oxigênio, não haveria explosão de baixo para cima). Fora do vão, entraria em contato com a atmosfera do shopping, onde seu cheiro, muito forte, seria percebido antes de alcançar a proporção ideal para explodir

Explosão causou
39 mortes

58
pessoas continuam internadas

Fonte: Instituto de Criminalística de Osasco

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