São Paulo, sábado, 15 de junho de 1996
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Amostra tinha GLP

DA REPORTAGEM LOCAL

Análises em amostras de ar colhidas pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) no Osasco Plaza Shopping detectaram a presença de GLP, gás de cozinha.
A análise foi solicitada pelo IC (Instituto de Criminalística). Foram coletadas cinco amostras de ar, em cinco pontos diferentes, no dia seguinte à explosão.
Segundo Oswaldo Negrini, diretor-técnico do IC, em quatro das amostras não havia sinais de gás. A amostra que deu resultado positivo constatou a presença de gases formadores do GLP (propano e butano).
Negrini, que recebeu o laudo da Cetesb ontem à noite, afirmou que a amostra positiva apresentava 20% de LIE (limite inferior de explosividade), ou seja, havia vapores inflamáveis na atmosfera do local de coleta. O normal seria 0%.
O IC descartou quase por completo a hipótese de a explosão ter sido provocada pelo acúmulo de gás metano, proveniente do solo.
Segundo Negrini, análises feitas pelo IC em oito amostras do solo onde fica o shopping, em locais e profundidades diferentes, não detectou a presença desse tipo de gás.
"A explosão foi causada por vazamento de gás de cozinha. Não há outra hipótese", afirmou Negrini, após analisar o laudo da Cetesb.
O IC ainda está investigando o que poderia ter dado ignição à explosão. O mais provável até o momento seria que uma faísca dos motores do elevador tenha detonado a explosão.
Segundo Negrini, uma outra hipótese, remota, seria de que algum veio de gás metano tenha conduzido uma chama até o GLP. "Apesar de não encontrarmos metano, o solo é propício ao seu surgimento."

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