São Paulo, sábado, 15 de junho de 1996
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EUA asilam fugitiva de mutilação sexual

Fauziya Kasinga, 19, saiu do Togo

PATRICIA DECIA
ENVIADA ESPECIAL A ATLANTA

O Serviço de Imigração dos EUA concedeu asilo a Fauziya Kasinga, 19, que entrou no país em dezembro de 1994 fugindo do Togo (costa ocidental da África), seu país de origem, onde sofria ameaça de mutilação genital.
A decisão foi tomada pelos 12 membros do Conselho de Imigração, última instância de apelo nos nesses casos, abaixo apenas da corte federal. Por isso, o caso deverá servir de base para os 179 juízes de imigração no país.
Ela é a quinta africana a conseguir asilo no país por causa de mutilação genital. A mutilação é uma prática tradicional de vários países africanos e consiste na retirada de parte dos genitais numa operação ritualística feita com facas, vidros e sem anestesia.
Pedido negado
Kasinga teve seu primeiro pedido de asilo negado quando chegou aos EUA. Ela ficou presa por cerca de 18 meses, até a advogada Karen Musalo apelar da decisão. Atualmente, Kasinga mora com um primo na Virgínia (Costa Leste).

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