São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 1996
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Maioria apóia greve, mas não participa

DA REDAÇÃO

A maioria dos eleitores paulistanos apóia a greve geral, mas não pretende aderir à paralisação. Pesquisa Datafolha realizada dia 12 em São Paulo revela que 63% dos entrevistados são favoráveis à greve, contra 33% que não apóiam a paralisação.
A maioria (57%) da População Economicamente Ativa, porém, diz que não deve parar: 48% dos entrevistados não vão aderir com certeza, e 9% talvez não parem.
Os que pretendem participar da paralisação somam 40%, sendo que 25% dos ouvidos afirmam que vão aderir com certeza, e 15% dizem que talvez venham a parar.
O grevista típico é jovem, é mulher, é negro, tem até o 2º grau e ganha até 20 salários mínimos.
Para metade (50%) dos entrevistados, a greve não é um mecanismo eficiente de pressão. Mesmo duvidando da sua eficácia, a maioria (55%) avalia que a paralisação foi convocada no momento certo.
Quem apóia
O movimento organizado pelas centrais sindicais encontra maior apoio entre os que possuem 2º grau (67%), seguido dos que têm até 1º grau (64%). O menor apoio (55%) localiza-se na faixa dos eleitores com nível superior.
Por renda familiar, o maior apoio situa-se entre os que ganham de 10 a 20 salários mínimos (67% de aprovação), seguida da faixa dos que recebem até 10 salários mínimos (65% de apoio). A menor aprovação está na faixa que recebe mais de 20 salários (56%).
O apoio à paralisação diminui quanto maior a idade do entrevistado: 72% de aprovação entre os eleitores de 16 a 25 anos; 67% na faixa de 26 a 40 anos, e 55% entre os que têm 41 anos ou mais.
O apoio varia segundo a cor do entrevistado: 76% dos negros aprovam a greve; entre os pardos, o apoio é de 69%, caindo para 60% entre os brancos. As mulheres são as que mais defendem a greve: 66% de apoio, contra 60% dos homens.
Quem vai aderir
A adesão à greve diminui com a escolaridade (42% dos que têm 1º grau, 40% dos que têm 2º grau e 35% entre os com nível superior). A adesão deve ser maior entre moradores da zona norte (48%) e menor entre os da zona oeste (36%)
A participação no movimento decresce com a renda: 43% de adesão entre os que ganham até 10 salários míninos, 42% na faixa de 10 a 20 salários e 33% entre os que recebem mais de 20 salários. As mulheres devem participar mais (43%) do que os homens (38%).

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