São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 1996 |
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Para produtor, "Corcunda" inova
CRISTINA GRILLO
"Chegamos a pensar em deixar Esmeralda ficar com Quasímodo no final, mas conhecemos nossa audiência", disse ontem à Folha Don Hahn, produtor do filme e de outros megasucessos do estúdio, como "O Rei Leão" e "A Bela e a Fera". Mesmo com o tradicional final feliz, "O Corcunda de Notre Dame" inova no perfil dos personagens: Esmeralda -uma sensual morena de olhos verdes dublada por Demi Moore- é quem assume as funções tradicionalmente "masculinas". "Ela é uma mulher mais velha, não uma adolescente como as outras heroínas Disney. Esmeralda tem um passado", disse Hahn. Outra novidade: Febo (dublado por Kevin Kline) foge do estereótipo do príncipe encantado. "Ele tem cerca de 40 anos, é um homem experiente. Pela primeira vez um herói Disney tem barba e um nariz que parece ter sido quebrado", disse Randy Fulmer, coordenador artístico dos Estúdios Disney. "À cada dia nossas ambições são maiores. No 'Rei Leão', a cena do estouro da manada de búfalos foi feita repetindo-se a imagem de um único búfalo várias vezes, em tamanhos e ângulos diferentes. Já a multidão de 'O Corcunda' tem vários tipos humanos: uns são altos, outros são gordos. São 5.000 pessoas diferentes", disse Fulmer. A agenda de novos lançamentos dos Estúdios Disney já está fechada até o ano 2000. Em 1997, o estúdio lançará "Hércules". Em 1998, "À lenda de Mulan", adaptação de uma história do folclore chinês. Para 1999, está previsto o lançamento de "Tarzan". O ano 2000 marcará a primeira incursão dos estúdios no gênero ficção científica. Texto Anterior: 'Striptease' seduz menos que o esperado Próximo Texto: "A Isca" seduz por não teorizar a violência Índice |
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