São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
"A Isca" seduz por não teorizar a violência
PAULO VIEIRA
Eric, seu namorado, sonha em ter uma loja nos EUA. Adora filmes americanos como "Scarface" (com Pacino). Numa sequência em que está na locadora, repele a sugestão de uma fita francesa. "Filme francês é chato, diz". Bruno, o amigo de Eric, deve-lhe fidelidade canina e olha de soslaio quando Nathalie se despe. O trio não tem maiores ambições até o momento em que Eric tem sua conta bancária bloqueada. A partir daí, passa a tramar assaltos para levantar um capital. As vítimas serão justamente as companhias ricas de Nathalie. As primeiras tentativas fracassam. Nathalie participa dos crimes com crescente naturalidade. A ação ganha em violência, mas o trio não se abala muito com isso. No primeiro latrocínio, eles faturam alguns francos, que são queimados ato contínuo num bar. O trio não vai ganhar dinheiro nenhum com essa história. Creditem-se fichas, contudo, na conta de Tavernier. Fez um bom filme ao evitar teorizar a violência, contando piadas engraçadas e armando diálogos verossímeis. Filme: A Isca Produção: França, 1994 Direção: Bertrand Tavernier Quando: a partir de hoje nos cines Arouche A, Cinearte 1 e circuito Texto Anterior: Para produtor, "Corcunda" inova Próximo Texto: Atriz fala sobre o projeto Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |