São Paulo, terça-feira, 2 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O dia das investigações

Laudos
Alagoas
Exame do Instituto Médico Legal a ser divulgado indica que Suzana Marcolino matou PC Farias e se suicidou. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Legal, Anelino Resende, que teve acesso ao laudo, a perícia conduzida pela equipe de Fortunato Badan Palhares (Unicamp) deve chegar à mesma conclusão.

Salvador
O Instituto de Criminalística informou que as balas que mataram PC e Suzana saíram do mesmo revólver, o Rossi calibre 38 encontrado junto aos corpos. O Instituto Médico Legal adiou para amanhã a divulgação de exames toxicológico e de alcoolemia (taxa de álcool no sangue), para revisar todo o trabalho. A Secretaria de Segurança da Bahia confirmou que PC e Suzana estavam embriagados.

Local do crime
Peritos da Unicamp deram tiros dentro do quarto onde ocorreram as mortes. Os estampidos puderam ser ouvidos a 30 metros de distância -os seguranças de PC, que disseram estar a 45 metros do local no dia do crime, afirmaram nada ter ouvido.

Acusação
O médico Wanderlei Leal Chagas, que acompanhava a equipe de Badan Palhares (Unicamp), deixou o caso acusando as autoridades alagoanas de pressão e ingerência indevida. Ele também acusou agentes federais de querer apressar as investigações.

Polícia Federal
O delegado Pedro Berwangel, conhecido como "cão farejador", chegou a Maceió para assumir a parte das investigações que cabe à PF.

Exumação
Os peritos da Unicamp podem pedir hoje a exumação dos corpos de PC e Suzana.

Roupas
A equipe de Badan Palhares vai realizar exames nas roupas que PC e Suzana vestiam quando morreram. Esse teste serve para verificar a presença de pólvora e elementos químicos, para determinar a que distância os tiros foram disparados.

Telefonemas
O delegado Cícero Torres, chefe das investigações, analisa lista de telefonemas dados por meio dos celulares e telefones comuns dos seguranças, de Suzana Marcolino e dos membros da família Farias. A relação traz os 30 dias anteriores ao crime e o dia seguinte

Perícia da fita
Transcrição da gravação dos recados telefônicos de Suzana para seu dentista em São Paulo deve ser concluída hoje pela Unicamp. A universidade disse que a qualidade da gravação é "péssima".

Detetive
A polícia de São Paulo consegui o número de telefone que PC Farias teria usado para contatar o empresário Caio ferraz, seu procurador na cidade, e pedir a contratação de um detetive para seguir Suzana.

Depoimentos
Depôs ontem, pela segunda vez, Zélia Maria Maciel de Souza, que intermediou a compra, por Suzana, do revólver usado no crime.

Texto Anterior: Laudo deve indicar suicídio da namorada de PC Farias
Próximo Texto: Especialista vê '60% de certeza' na tese da perícia
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.