São Paulo, terça-feira, 2 de julho de 1996
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Riot Grrrls adotaram feminismo

PATRICIA DECIA
DE NOVA YORK

Riot Girrrls adotaram feminismo
O movimento Riot Grrrl, que aconteceu no início dos anos 90, é o responsável pelo crescente interesse da mídia e da indústria do disco pela "angry women", segundo a opinião de Evelyn McDonnell, editora de música do jornal "Village Voice" e autora do livro "Rock She Wrote".
O termo, que pode ser traduzido como "garota revoltada", serviu de rótulo para uma série de bandas punk inicialmente baseadas em Washington, das quais as mais famosas são Bikini Kill e Bratmobile.
As Riot Grrrls nunca chegaram a assinar com uma grande gravadora, por escolha própria, apesar do grande assédio. Elas montaram um selo independente chamado Kill Rock Stars, que distribuiu bandas como Heavens to Betsy e Sleater-Kinney.
Diferentemente dessa nova geração, as Riot Grrrls têm uma intensa participação na comunidade, seja por meio de fanzines dedicados ao feminismo ou pela organização de grupos de mulheres.
Elas ainda são ligadas diretamente à luta contra abuso sexual e estupro e a favor do direito ao aborto. Além disso, querem, conscientemente, servir como modelo de roqueiras para novas gerações.
"Eu encontrava mulheres que trabalham com música e e perguntava coisas do tipo: 'Como o estupro afeta seu trabalho? Como o fato de você ser mulher te influencia?' ", diz Kathleen Hanna, vocalista do Bikini Kill, em seu depoimento a Andrea Juno no livro "Angry Women in Rock".
(PD)

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