São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996 |
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Legistas divergem a respeito de manchas
LUCAS FIGUEIREDO; EMANUEL NERI
"Assim é de lascar", reagiu Massini, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ao saber que Badan Palhares, da Unicamp, havia dito que a mancha roxa era um livor -acúmulo de sangue em partes do corpo verificado após a morte. Para Massini, o "calombo" é um "forte indicativo" de lesão pré-mortal, que pode ter sido provocada por luta corporal. "Um legista só pode falar sobre aquilo que viu", afirmou Palhares, que realizou anteontem nova autópsia nos cadáveres do casal. O "calombo" roxo de 4 cm de diâmetro na testa de Suzana foi constatado pela Folha no velório da namorada de PC Farias, no último dia 24, com autorização do irmão Jerônimo Marcolino Filho. Segunda autópsia Após a segunda autópsia, Palhares confirmou a presença da mancha. Disse que era um livor. Massini disse que a posição em que o corpo de Suzana foi encontrado na cama dificilmente permitiria que o sangue coagulasse no rosto. Em casos de enforcamento, por exemplo, o sangue fica acumulado nos pés. Ele não viu os corpos. Badan Palhares negou que seja um sinal de luta corporal outra marca constatada pela Folha, de 2 cm na parte interna do lábio superior do corpo de Suzana. "Não é uma lesão. A marca pode estar relacionada com esse mesmo caráter que nós chamados de livores", disse o legista da Unicamp. Dois dias após a morte do casal, Massini havia dito que "se há lesões no rosto é porque pode ter havido outro fato anterior à morte". Apesar da discordância, Massini compartilha da opinião de que Suzana pode ter se matado depois de atirar em PC Farias. (LUCAS FIGUEIREDO e EMANUEL NERI) Texto Anterior: Palhares diz ter 'coisas que podem mudar os rumos' Próximo Texto: Sanguinetti não se convence Índice |
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