São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996
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Sanguinetti não se convence

VANDECK SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

Um encontro a portas fechadas com o perito da Unicamp Fortunato Badan Palhares, ontem em Maceió (AL), não demoveu o médico-legista alagoano George Sanguinetti da tese que vem defendendo faz oito dias: a de que PC e Suzana foram assassinados, e a cena do crime, montada.
"O laudo do doutor Palhares só será aceito, à luz da medicina legal, se provar que a trajetória das balas que mataram o casal é compatível com a posição em que os corpos estavam", disse Sanguinetti.
O médico afirmou que, após a divulgação do laudo de Palhares, vai elaborar um parecer paralelo.
A base das suspeitas de Sanguinetti é a trajetória das balas. Em Suzana, o tiro foi de cima para baixo, tendo a bala atravessado o corpo e atingido a parede do quarto.
Para atingir a parede naquela altura, segundo Sanguinetti, o tiro deveria ter sido dado de baixo para cima.
"Em 27 anos como professor de medicina legal, é a primeira vez que eu vejo alguém se suicidar com um tiro de cima para baixo", disse.

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