São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 1996 |
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Explosão de rojão deixa Maluf tonto
FABIO SCHIVARTCHE
Um rojão disparado por um dos moradores estourou a poucos centímetros do ouvido esquerdo de Maluf. Atordoado com o forte barulho, o prefeito ficou tonto, cambaleou por alguns metros e quase caiu no chão. Amparado por seus seguranças, Maluf ainda demorou alguns segundos para recompor e seguir até o palanque montado em frente ao palanque. Com o ouvido doendo e a cabeça latejando, segundo o prefeito, ele discursou por cerca de dez minutos para um público de 500 moradores que estavam em frente ao palanque. "Tive a sensação de que o meu tímpano iria arrebentar", disse Maluf, ao descerrar a placa de inauguração dos novos prédios. Depois de assinar oficialmente a entrega dos apartamentos, o prefeito, ainda atordoado, seguiu para seu carro. No caminho, teve de se apoiar nos seguranças de sua comitiva. Médico Na hora do almoço, Maluf foi examinado rapidamente pelo secretário municipal de Assuntos Comunitários, Antônio Salim Curiati, médico otorrinolaringologista. "Ele reclamou de fortes dores de cabeça e eu apenas tampei o ouvido esquerdo com um chumaço de algodão. Mas ele tem uma resistência orgânica invejável", disse Curiati. Às 15h, Maluf participou da assinatura de um decreto no salão azul do Palácio das Indústrias, sede da prefeitura. Como de costume, ao sair do salão ele foi conversar com os repórteres que o aguardavam no corredor. "Vocês me desculpem mas eu estou com uma terrível dor de cabeça", disse. No final da tarde, Maluf foi examinado pelo médico Douglas Menon, em sua casa. "O prefeito está com labirintite, o que compromete seu equilíbrio", disse Menon. Às 19h30, Maluf iria ao consultório para fazer um exame de audiometria, para avaliar se houve perda de audição. Texto Anterior: Sobreviventes têm pesadelos com as imagens da tragédia Próximo Texto: Prefeito proíbe fogos em atos Índice |
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