São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996 |
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Cláudia nega ter conhecido namorada de PC
GABRIELA WOLTHERS
"Ela nunca viu Suzana", disse o advogado da família de PC Farias, João Batista Boleado Júnior, que acompanhou Cláudia em seu depoimento. Segundo a polícia, Cláudia afirmou que viu o rosto de Suzana Marcolino pela primeira vez em imagens de televisão, depois que o crime já havia acontecido. Maria Luiza Noaro, irmã de Suzana, tem uma versão diferente. Em entrevista à Folha ontem, ela disse que sua irmã comentou, em pelo menos duas ocasiões, que iria jantar com PC, Cláudia e seus familiares. "Suzana e Cláudia se conheciam", afirmou Maria Luiza. "Lembro-me bem de ver Suzana se arrumando à noite e dizendo que iria sair para jantar com PC e um grupo que incluía Cláudia e seus familiares", completou a irmã de Suzana. Maria Luiza disse não se recordar quando esses encontros teriam ocorridos. "Foi um pouco antes do crime, mas não sei dizer quando foi exatamente", afirmou. Segundo Maria Luiza, Suzana não tinha conhecimento do namoro de PC e Cláudia. Em depoimento ontem, Cláudia afirmou que conheceu o empresário no dia 10 de maio, durante um jantar na casa de seu tio, o deputado federal licenciado Luiz Dantas, hoje secretário de Saneamento e Energia do Estado de Alagoas. No total, foram quatro encontros -três na casa de PC no bairro de Mangabeiras e um na casa de praia do empresário, em Guaxuma, onde foram encontrados os corpos do empresário e de Suzana. Telefone público Ontem também foi interrogado Juarez Alves, motorista e segurança de PC. Ele foi chamado a depor porque a polícia detectou nos registros da Telasa (Telecomunicações de Alagoas) telefonemas para Juarez na madrugada do dia 22 para o dia 23, data do crime. As ligações, segundo a polícia, foram feitas de um telefone público próximo à casa de praia de Guaxuma. Juarez não estava trabalhando para PC no dia das mortes. Em seu depoimento, o motorista afirmou que, como estava de folga, ficou na "farra" até as 4h da manhã de domingo. Os telefonemas, segundo ele, eram de uma namorada sua, que não tem telefone em casa. Juarez forneceu o nome e o endereço dessa namorada, ambos mantidos em sigilo pelo delegado Cícero Torres, presidente do inquérito. A polícia checou os dados fornecidos. O telefone público que aparece nos registros da Telesa, segundo afirmou a polícia, fica realmente próximo ao endereço da namorada. Texto Anterior: Agências têm sistema para evitar enganos Próximo Texto: Morte de 3 do PC do B terá indenização Índice |
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