São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996 |
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Atentados marcaram a época
ANA MARIA MANDIM
A "linha dura" do Exército opunha-se à abertura "lenta, segura e gradual" anunciada pelo presidente Ernesto Geisel (1974-79). Em São Paulo, o assassinato do jornalista Wladimir Herzog e do líder sindical Manuel Fiel Filho nas dependências do DOI do 2º Exército provocou a ira de Geisel contra a "linha dura". O comandante do 2º Exército, general Ednardo D'Ávila, foi afastado, assumindo seu lugar o general Dilermando Gomes Monteiro. A missão de Monteiro era evitar "excessos" que indispusessem a opinião pública contra o regime militar. O último 'excesso' A morte de Pomar e de Arroyo na operação da Lapa e a prisão e tortura dos dirigentes do PC do B foram o último "excesso". A primeira denúncia de tortura foi feita ao cardeal d. Paulo Evaristo Arns pelo então cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Frederic Chapin. A informação consta do livro "Massacre na Lapa", do jornalista Pedro Estevam Pomar, neto do dirigente do PC do B. Outras denúncias de tortura foram feitas pelo advogado dos presos, Luiz Eduardo Greenhalgh. O advogado desafiou o Exército a apresentar os presos à imprensa, o que não foi feito. (AMM) Texto Anterior: Ativistas foram presos um a um Próximo Texto: Para jornalista, foi "matança" Índice |
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