São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996 |
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PC do B refletiu crise na URSS
ANA MARIA MANDIM
Na época, Nikita Khruschov, secretário-geral do PC soviético, denunciou os crimes do antecessor, Stalin. Identificados com o stalinismo, os dissidentes do PCB apontavam como "principais inimigos o imperialismo dos EUA, o latifúndio e a grande burguesia associada ao capital internacional". Ao contrário do PCB, dizia que a luta armada prolongada era o único meio de atingir o socialismo. E deveria começar no campo. Ensaio A guerrilha do Araguaia foi um ensaio. O PC do B "antevia" o momento em que os camponeses cercariam as cidades. O partido não assaltava bancos ou sequestrava, como outras organizações de extrema esquerda. Preconizava o "trabalho de massa", com greves e comícios. Segundo o credo partidário, seria formada a "frente popular revolucionária" com a participação do operariado, da pequena e média burguesias e da grande burguesia de capital nacional. O PC do B alinhava-se com a China e, a partir de 1976, com a Albânia -onde estava João Amazonas, um dos fundadores do PC do B, quando houve o ataque da Lapa. O fracasso no Araguaia agravou divergências na cúpula do partido, levando à expulsão de alguns dos integrantes, em 1980. (AMM) Texto Anterior: Para jornalista, foi "matança" Próximo Texto: Ato pede indenização a morto em passeata Índice |
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