São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996
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Ato pede indenização a morto em passeata

17 estudantes morreram em manifestações

VANESSA DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Participantes da 48ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência realizaram ontem ato pela inclusão dos 17 estudantes mortos em passeatas durante o regime militar na lista que prevê a indenização às famílias dos desaparecidos no período.
A manifestação ocorreu na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde era realizada até ontem a reunião.
A manifestação contou com a presença de Maria de Belém Souto Rocha, 73, mãe do estudante Edson Luís Souto, morto no Rio de Janeiro em 1968. "Ainda sinto uma dor muito grande dentro do peito e quero que o governo reconheça o meu filho", disse ela.
A deputada Marta Suplicy (PT-SP), que chorou duas vezes durante o depoimento de Maria de Belém, defendeu o resgate da memória do estudante.
"É preciso que estudantes como Edson Luís sejam incluídos nos livros de história como heróis porque pagaram com sua vida por acreditar em um Brasil melhor."
Ela disse ainda que o governo Fernando Henrique Cardoso abriu espaço para o resgate da "hombridade e da dignidade" dos que morreram durante o regime militar.
Valdomira Batista, do Tortura Nunca Mais, disse que "o Exército vai ter de engolir essa história do capitão Lamarca".

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