São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996
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Banqueiro vê investimentos

DA REPORTAGEM LOCAL

O cenário de crescimento, para os banqueiros, não é tão róseo quanto para o governo, mas os primeiros são bem mais otimistas quando se fala de investimentos estrangeiros diretos.
Os executivos de bancos ouvidos pela Folha, em sua maioria, prevêem que as remessas das multinacionais passarão dos US$ 6 bilhões estimados pela Fazenda, podendo chegar a até US$ 8 bilhões.
Para eles, as mudanças econômicas -quebra de monopólios históricos, privatizações de setores de infraestrutura, inevitável adesão do país à globalização- e a estabilidade do Plano Real estão criando um ambiente propício ao aumentos dos investimentos diretos.
Todos esses bilhões, por enquanto, são referentes a modernização de indústrias, novos investimentos e a ampliações. Não contam as vendas de empresas gigantes, como a Vale do Rio Doce.
"Vamos receber este ano pelo menos US$ 8 bilhões. No ano que vem, mais de US$ 10 bilhões, pois teremos muito mais privatizações", aposta Joel Korn, do Bank of America.
Os banqueiros não vêem grandes mudanças nas taxas de câmbio -média de R$ 1,04 para o final do ano, cerca de 7% de desvalorização- e de juros.
Mas, ao contrário do governo, prevêem déficit de até US$ 2 bilhões na balança comercial.

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