São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996
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ÁLVARO ANTÔNIO ZINI JR.
O governo do Estado de

ÁLVARO ANTÔNIO ZINI JR.

O governo do Estado de São Paulo pretende reformar sua organização administrativa. O plano geral desta reforma e suas facetas foram descritos na "Gazeta Mercantil" do fim-de-semana passado.
Oxalá o plano seja implantado! Precisamos de uma remodelagem geral no governo paulista para podermos enfrentar os desafios que estarão presentes daqui para a frente, tanto devido à realidade nacional, na qual outros Estados aumentaram sua competitividade "vis-à-vis" à terra dos Bandeirantes, quanto pelo processo de globalização dos mercados, das comunicações e das políticas.
No presente, como fruto de gestões passadas gastadoras, clientelistas e paroquiais, a gestão do Estado está inchada, ineficiente e retaliada em "paróquias". O descalabro da situação do Banespa retrata o que ocorreu em outras instâncias administrativas.
Isso se traduz em menor crescimento e qualidade de vida menor para os que aqui moram. Segundo o IBGE e o Ipea, enquanto a renda per capita real da média dos brasileiros praticamente não cresceu entre 1980 e 1994, a renda per capita dos paulistas diminuiu em quase 20%.
Pesquisas internacionais comparativas sobre os novos modelos de crescimento econômico têm demonstrado que maus governos e políticas ruins se refletem em menor crescimento para a região. Nosso caso é típico.
A reforma pretendida está atribuída a um conselho composto por pessoas de capacidade, inteligência e experiência na vida pública e privada.
Como cidadãos, contribuintes e co-responsáveis, cabe-nos exigir o melhor. Afinal, este é um Estado de 400 anos de história de desbravamento. Chega de má gestão pública!

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