São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996
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Brasil é maior mercado da América Latina

DA REPORTAGEM LOCAL

Saber com exatidão quanto os brasileiros estão investindo no mercado imobiliário de Miami é tão difícil quanto achar alguém que diga, abertamente, que comprou um imóvel nos Estados Unidos.
Mas podem ser feitas projeções. A Appraisal and Real Estate Economics Associates publica periodicamente um relatório ("Areea Report") com dados sobre o mercado imobiliário da Flórida.
No primeiro semestre de 95, foram comercializadas, em condomínios, 1.919 unidades (total de US$ 238,9 milhões).
Em dois dos principais empreendimentos, o The Point (nono maior no período) e o Williams Island (14º), os brasileiros representam cerca de 13% e 16% dos compradores, respectivamente.
Segundo Susan Alper, vice-presidente da construtora Coscan na Flórida, dos 1.700 imóveis comercializados pela empresa nos últimos 13 anos, 425 unidades foram adquiridas por latino-americanos.
"E o Brasil é o maior mercado da América Latina", afirma ela, sem revelar números.
Jeitinho
O comprador, por sua vez, tem razões para "esconder o jogo": medo de assalto ou sequestro no Brasil, por exemplo. Outros não registram a compra do imóvel para escapar do Imposto de Renda.
Além disso, o comprador brasileiro pode registrar a compra nos cartórios de Miami em nome de uma empresa norte-americana.
Vem daí boa parte da dificuldade de quantificar quem são os compradores e quanto representam no mercado imobiliário de Miami.
Apesar de "fantasmas", as companhias se esmeram em cativá-los.
A Williams Island, por exemplo, oferece quatro noites de graça para potenciais compradores. Neste mês, cem brasileiros devem visitar a ilha aproveitando a mordomia.

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