São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 1996
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Poder da mente é fenomenal

DA REPORTAGEM LOCAL

A mente é capaz de produzir sim a imagem de um fantasma, mexer objetos à distância ou incendiar uma pilha de papéis, por exemplo. Essa é a opinião de alguns parapsicólogos procurados pelo Folhateen.
A parapsicologia estuda fenômenos mentais, como a telepatia, e fenômenos físicos, como a psicosinesia ou 'poltergeist' (movimento espontâneo de objetos), e a pirogênese (aparecimento de fogo), diz Zangari.
Os especialistas só não sabem explicar como funciona o poder da mente para produzir tais fenômenos. "É isso que estamos estudando", diz Wellington Zangari, diretor do Instituto de Pesquisas Interdisciplinares das Áreas Fronteiriças da Psicologia, de São Paulo.
A diferença entre a parapsicologia e a psicologia é que para essa última os fenômenos só acontecem "dentro da cabeça das pessoas", diz o padre parapsicólogo e diretor do Clap (Centro Latino-Americano de Parapsicologia) Oscar Gonzalez Quevedo.
Fantasma é ectoplasma
Para o padre Quevedo, a imagem do "fantasma" é real, não existe apenas na cabeça da pessoa. "O fantasma é um ectoplasma -uma substância visível, que emana do corpo da pessoa. Uma espécie de nuvem, na forma de alguma imagem que a pessoa tem na cabeça", explica ele.
Tais fenômenos nada têm de sobrenatural, diz Zangari. Quando um objeto se move sozinho ou a porta fica travada, como no caso da Câmara Municipal (leia texto acima), não é por ação de um "espírito do outro mundo", mas por força da mente da pessoa.
Zangari afirma que os casos de fenômenos paranormais são involuntários e ocasionados por pessoas que estão vivendo uma fase difícil, como estresse na escola ou problemas emocionais. "Os fenômenos funcionam como uma válvula de escape, uma 'explosão' da mente", diz Zangari.
Ele e o padre Quevedo afirmam que 90% dos casos ocorrem entre meninas adolescentes que têm pais muito repressores.
O tratamento, segundo os parapsicólogos, é por meio de terapia. "Quando a pessoa se conscientiza de que o problema é causado por ela mesma, já começa a melhorar", garante Zangari. Para Quevedo, "o que nos dá mais trabalho no tratamento é a mentalidade mágica das pessoas".
Se os vereadores aprovarem, Zangari vai coordenar as investigações na Câmara Municipal.

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