São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 1996 |
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Ilha de Amorgós satisfaz a todos os gostos
CLÁUDIA PAS
Surpreende pela diversidade de possibilidades que oferece ao visitante, como belas praias de areia, praias de pedra para mergulho, mosteiros medievais, monumentos e montanhas com trilhas para todos os tipos de caminhadas. Hoje, a ilha oferece ao viajante uma estrutura comparativamente modesta, com muitas pensões e um grande hotel com belíssima vista para a baía de Egiali. Ao contrário das ilhas mais frequentadas, que parecem resorts internacionais, tem-se a maravilhosa sensação de estar na Grécia. A viagem até Amorgós pode ser feita num dos grandes barcos, que asseguram a ligação entre todas as ilhas, ou num pequeno barco que circula entre Náxos e Amorgós, com paradas numa série de ilhas paradisíacas, as Pequenas Cíclades, entre Náxos e Amorgós. Durante o trajeto, golfinhos saltitam em torno do barco, enquanto ele segue viagem. Amorgós é das poucas ilhas com dois portos, Katapola (pronuncia-se Katápola) e Aegiali, em torno dos quais se situam as vilas com o mesmo nome. Pensões As pensões, principal forma de hospedagem, costumam oferecer transporte aos recém-chegados. Há também a linha regular que liga as duas vilas, com saídas sempre que algum grande barco chega. Próximo ao porto de Katapola fica a vila de Chora (pronuncia-se Róra), de onde saem as estradas em direção ao norte (Egiali) e ao sul (Arkesini, Vrutsi, Kolofama e Kalotaritissa). Localizada no alto das montanhas, a vila de Chora conta com cerca de dez pensões, em média com três ou quatro quartos. Próximo a Chora estão algumas das mais belas atrações da ilha, a estreita e belíssima praia de Agia Anna, batizada com o nome da pequena igreja que fica em sua entrada, e o mosteiro de Chozoviotissa, construído no século 11 numa das encostas de pedra. O mosteiro recebe visitantes com uma taça de licor de limão. Isso ajuda o fôlego após uma longa escadaria que contorna a encosta. Mais ao norte, na região da vila e do porto de Aegiali, localizam-se as vilas de Tholaria (pronuncia-se Solária) e Langhata (Langada). Entre as opções de lazer, uma das mais atraentes é partir do porto a pé, e, por uma trilha de 5.500 metros, chegar até a vila de Tholaria e, de lá, até Langhata. O trajeto é um pouco cansativo. Você sobe até Langhata por um caminho inclinado e atinge uma altitude de 400 metros. Mas a caminhada é maravilhosa: a trilha quase milenar é ladeada por oliveiras. Chegando a Langhata, a pedida é almoçar no restaurante Nikos, dos melhores da ilha, comandado pelo grego Nikos e sua mulher alemã. Lado pobre A região sul é o lado mais selvagem e pobre da ilha. Tem seu interesse. Lá, você tem a impressão de estar isolado do mundo, na Grécia que não fala inglês. Com linhas de ônibus apenas em julho e agosto, o viajante vai precisar andar bastante para conhecer as belas praias de Kalotaritissa e Paradisia, a baía de Katokampos e circular entre as pequenas ruas da histórica vila de Vrutsi. A região está fora dos roteiros turísticos. Para chegar até lá fora da temporada, a melhor opção é alugar uma moto (US$ 8 por dia) em Katapola. O trajeto de moto até a praia de Kalotaritissa pode levar até uma hora e 30 minutos. (CP) Texto Anterior: Folegandros faz isolamento valer a pena Próximo Texto: Athos é um convite para sair do mundo Índice |
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