São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 1996 |
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Doente do PAS procura remédio no Estado
ROBERTO COSSO
Quem passou ontem por consulta no hospital Waldomiro de Paula (referência do PAS Itaquera) foi orientado a procurar um posto de saúde para retirar os remédios receitados. No José Bonifácio 3, posto filiado ao PAS mais próximo do hospital Waldomiro de Paula, não havia pelo menos três tipos de medicamentos recomendados. Outros remédios receitados não são fornecidos pela cooperativa, segundo funcionários do posto do PAS. A alternativa para os doentes era procurar a UBS Nossa Senhora Aparecida, do Estado, próxima ao local. Segundo a chefe da UBS, Cacilda Andrade, dos 22 pacientes que receberam remédios na UBS na última sexta-feira, 20 tinham receitas do PAS. Nas farmácias do posto do PAS faltam Bactrim (antibiótico), Capoten (fortificante cardíaco) e Cataflan (antiinflamatório). Panotil (anestésico) e Moduretic (hipertensão) não fazem parte da lista da cooperativa. A costureira aposentada Maria Felipe Santiago, 66, passou por consulta no PAS Itaquera e recebeu uma receita de Cataflan. "Me mandaram a um posto de saúde retirar o remédio", disse. O remédio não estava no estoque do posto do PAS próximo ao hospital. Cooperativa O PAS começou a ser implantado na cidade de São Paulo no início deste ano. O programa prevê que os hospitais municipais passem a ser administrados por cooperativas formadas por médicos. O sistema já está em funcionamento em 14 regiões da cidade. As cooperativas não são remuneradas de acordo com o número de pacientes atendidos, mas de acordo com o número de pessoas cadastradas ao PAS na região. Toda pessoa, para ser atendida, precisa estar cadastrada e ter uma carteirinha. Para cada cadastrado, a prefeitura paga R$ 10,96 às cooperativas. Texto Anterior: Código passa pelo Senado Próximo Texto: Secretaria nega existência de problemas Índice |
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