São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 1996
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Conselho de defesa econômica avalia a compra da Metal Leve

Negócio pode ser vetado se prejudicar a concorrência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O conglomerado formado pela Mahle (da Alemanha) e pela Cofap encaminhou ontem ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a análise da compra da Metal Leve, fechada no mês passado. Segundo a Lei Antitruste, compras e fusões de empresas que resultam em domínio de mais de 20% do mercado devem passar pelo aval do Cade.
O conselho tem poder para vetar negócios entre empresas que prejudicam a concorrência e não trazem nenhum benefício ao mercado e aos consumidores.
"Além do critério do percentual de domínio de mercado, o negócio deve ser submetido ao conselho devido ao faturamento das empresas envolvidas, que supera os R$ 400 milhões", disse o advogado da Mahle, Tércio Sampaio Ferraz.
"A compra da Metal Leve está relacionada com a globalização do mercado de autopeças. As montadoras exigem fornecedores mundiais", disse o advogado.
Segundo sua estimativa, a análise do caso deverá levar um ano. Antes de ir a julgamento, deverão ser feitos pareceres dos ministérios da Justiça e da Fazenda.
Laboratórios
O Cade determinou ontem que 14 laboratórios de análises clínicas de Brasília suspendam, em 30 dias, o uso da tabela de honorários da AMB (Associação Médica Brasileira). Segundo denúncia apresentada ao Cade, esses laboratórios negavam atendimento a usuários de convênios médicos que não estivessem adotando a tabela da AMB no ressarcimento dos honorários.

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