São Paulo, sexta-feira, 19 de julho de 1996 |
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Jatene quer que Estados paguem 30% de remédios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O Ministério da Saúde quer que os Estados se responsabilizem por 30% dos custos para a compra do kit de medicamentos antivirais que combate a Aids.Isso significa que, dos R$ 117 milhões necessários para a compra de remédios em todo o ano de 1997, os Estados entrariam com R$ 35,1 milhões. O Ministério da Saúde pretende distribuir medicamentos suficientes para atender entre 22 mil e 30 mil brasileiros com Aids. A estimativa é de que haja 36,5 mil doentes de Aids no Brasil até dezembro de 1996. O kit de medicamentos inclui AZT, ddI, ddC, Lamivudina (3TC) e um inibidor de protease -que pode ser o Indinavir, Saquinavir ou Ritonavir. Até hoje, o Ministério da Saúde só comprava três dos cinco remédios que compõem o kit: o AZT, o ddI e o ddC. O ministro Adib Jatene (Saúde) autorizou ontem a liberação de R$ 40 milhões para a compra direta do 3TC (que é fabricado por um único laboratório) e dos inibidores de protease (que são comprados por licitação). Os pacientes receberão, de início, um coquetel com o AZT combinado ao ddI, ddC ou 3TC. Só aqueles que não apresentarem melhora significativa no quadro clínico é que receberão os inibidores de protease. O ministério calcula que 7.000 pacientes precisarão dos inibidores de protease. SP tem mais casos O Ministério da Saúde estima que, até o fim de 1996, o Estado de São Paulo terá 12 mil pacientes com Aids. Para comprar medicamentos suficientes para todos os doentes do Estado, serão necessários R$ 63,5 milhões. A intenção do governo é repassar para São Paulo R$ 45 milhões. Os R$ 18,5 milhões restantes deverão vir dos cofres do governo estadual. Apesar de ainda não ter negociado com os Estados a participação de 30%, a coordenadora do Programa Nacional de Aids, Lair Guerra de Macedo, disse estar otimista. Texto Anterior: Secretário da Saúde admite falta de remédios no PAS Próximo Texto: Cidade faz exame ginecológico em unidade móvel Índice |
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