São Paulo, sexta-feira, 19 de julho de 1996
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Delegacia da Mulher passa a atender gay em Brasília

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Delegacia da Mulher de Brasília está virando delegacia de minorias, atendendo à comunidade gay e às vítimas de violência sexual.
A delegada Deborah Souza Menezes diz que já se acostumou a receber queixas de lesões corporais, roubos e tentativas de assassinato feitas por homossexuais.
O Estruturação (grupo de gays e lésbicas de Brasília) afirma que os homossexuais preferem recorrer à Delegacia da Mulher porque há menos preconceito.
Léo P., presidente do Estruturação, afirma que as estatísticas sobre crimes contra homossexuais em Brasília são subestimadas, porque as vítimas não prestam queixa.
Ele defende a criação de um serviço específico na polícia para atender aos homossexuais.
"A Delegacia da Mulher poderia ser transformada em delegacia das minorias. Não acho necessário criar uma delegacia para homossexuais, mas, se houvesse atendimento especializado, mais gays procurariam a polícia", disse.
O diretor-geral-interino da Polícia Civil de Brasília, Darci Souza, disse não acreditar na necessidade de um serviço para homossexuais.
"Os policiais não devem discriminar vítima alguma. Se o homossexual se sentir assim, deve denunciar para que possamos melhorar", disse Souza.

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