São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996
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Vícios urbanos fazem coração matar mais

BETINA BERNARDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Muitas mortes provocadas por doenças coronarianas e outras relacionadas a problemas vasculares cerebrais podem ser evitadas controlando os fatores de risco.
Contribuem para o surgimento dessas doenças fatores como predisposição genética, hipertensão, colesterol, diabetes, fumo, estresse e a vida sedentária da população urbana.
"Uma cidade como São Paulo, em que as pessoas têm hábitos alimentares inadequados, não fazem exercícios e vivem sob um grande estresse, influencia na incidência dessas doenças", diz o cirurgião cardíaco Sérgio Oliveira, 60, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
"A poluição também pode entrar no elenco de influências da cidade", afirma Walter Lunardi, 56, cardiologista do Incor (Instituto do Coração) e do Hospital Sírio Libanês.
Dor e prevenção
A manifestação inicial mais frequente da doença coronariana é a dor, mas Lunardi explica que nem sempre ela emite sinais prévios antes de matar.
"A dor é um aviso, mas às vezes o infarto é fulminante."
Por ser multifatorial (com vários fatores de risco), a doença coronariana pode ser prevenida em muitos casos.
"É possível retardar o aparecimento da doença cuidando dos fatores de risco, como o fumo, colesterol, hipertensão."
Para Lunardi, o cigarro é, de modo geral, o fator que mais contribui para problema nas coronárias.
Entre os jovens, a principal causa de infarto, segundo Lunardi, é o consumo de cocaína.
A idade também aumenta a incidência de doenças do coração, como a coronariana. "É uma doença muito comum e degenerativa", diz Oliveira.

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