São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996
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Bradesco inova serviço tradicional

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O veterano bancário José Flor de Santana, aposentado no Bradesco, cunhou há muitos anos uma frase definitiva sobre uma atividade pouco valorizada pelos novos "yuppies" do mercado financeiro: a cobrança.
"A cobrança bancária é a porta de entrada da casa do cliente. Por meio dela, trazemos outros serviços para dentro do banco", costumava repetir Flor de Santana aos seus discípulos na Cidade de Deus, sede do Bradesco, em Osasco (SP).
Embora o banco tenha aderido neste ano à BM&F -templo dos "yuppies" com seus derivativos-, a velha lição permanece. O banco, que também teve de reaprender o feijão-com-arroz financeiro após a queda da inflação, voltou a investir na cobrança.
Lançou, na semana passada, uma inédita variação da cobrança com débito automático em conta corrente.
Até hoje, somente contas das concessionárias do serviço público -Comgas, Telesp, Sabesp e Eletropaulo, por exemplo- podiam ser debitadas automaticamente na conta corrente.
Com o novo serviço, poderão ser debitadas automaticamente contas de consórcios, escolas, clubes, associações recreativas, seguros e, claro, condomínios (afinal, é a casa do cliente que importa, diria Santana).
Conveniência
"Os correntistas não precisarão ir às agências com tanta frequência para pagar suas contas do dia-a-dia", diz o diretor de cobrança do Bradesco, Maurício Lara. "Para quem recebe, o débito automático é mais conveniente e garantido."
No início, o banco firmará convênios com escolas, clubes e outras empresas que fornecem serviços para os correntistas do Bradesco. A carteira de cobrança da instituição já recebe 1,6 milhão de títulos diariamente, mais de 35 milhões por mês. (MILTON GAMEZ)

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