São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996
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Governo segurou as verbas da habitação

DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo menos até março deste ano, o governo Covas gastou em habitação uma quantia de recursos inferior a 10% do que tinha disponível para isso. A informação é do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Renato Martins Costa.
Costa analisa processo que questiona a aplicação, pela CDHU, de cerca de R$ 500 milhões no mercado financeiro, sob o pretexto de rever alguns contratos de construção de habitações populares.
Como o governo estadual é obrigado a gastar 1% do que arrecada em ICMS em obras de habitação, e a arrecadação do imposto é crescente, o conselheiro acredita que Covas promoveu "uma subversão do programa habitacional". "Nada justifica manter esse dinheiro parado", diz Costa.
Com essa quantia, seria possível construir mais de 45 mil habitações populares. A CDHU informa que consegue construir uma habitação popular pelo custo de R$ 10.200 cada uma. A média do custo de uma habitação do tipo no mercado é de R$ 12 mil.
O presidente da CDHU, Goro Hama, diz que nos próximos anos a previsão de gastos do órgão deve aumentar. Até o final do ano o órgão quer firmar convênios para construir 29 mil casas na capital.
Além disso, deverá ser iniciada a construção de 11 mil habitações. Até o final de sua gestão, o governador Mário Covas pretende entregar 44 mil habitações na cidade de São Paulo.
As obras realizadas pelo governo estadual, segundo Hama, são barateadas porque se utiliza o sistema mutirão, sem empreiteiras.

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