São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996 |
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Brizola se esconde para preservar Miro
WILSON TOSTA
Depois de governar o Estado por quase oito anos (83-87 e 91-94), Brizola, diferentemente de campanhas majoritárias passadas, não tem sido visto ostensivamente com Miro, e não deverá sê-lo. A explicação para esse procedimento pode estar no passado recente. O ex-governador terminou a campanha presidencial de 1994 atrás de Enéas Carneiro, do Prona. Em 1992, Brizola era contrário ao impeachment de Fernando Collor. "Por mim a CPI (do PC) não saía", repetiu, numa declaração muito explorada por adversários. Sintomaticamente, a candidata do PDT naquela campanha, Cidinha Campos, apoiada por Brizola, desabou do primeiro lugar e acabou excluída do segundo turno. "Eles (os pedetistas) estão com a tática de esconder o Brizola porque as administrações do Brizola no Rio são indefensáveis", disse o candidato do PT, Chico Alencar. Para o candidato do PSDB, Sérgio Cabral Filho, o brizolismo está morto no Rio. Para ele, Miro e Brizola "vão ter um funeral juntos". Miro Teixeira nega que ele ou Brizola estejam se escondendo. "Estive na Saara (Sociedade dos Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega) caminhando com Brizola umas duas horas, almocei com ele lá." Brizola "é uma figura notável", "mas quem tem que exibir condições de governar a cidade sou eu, não ele", disse Miro. Brizola foi procurado em casa pela Folha, mas um de seus auxiliares disse que ele está viajando. Texto Anterior: PT vê eleição como prévia presidencial Próximo Texto: Rossi e Serra trocam farpas na feira Índice |
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