São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fungo contamina agente no PR

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A agente de biblioteca Tania Solange Peres Bernardo Bacceti, 42, teve vários problemas de saúde tidos como doença profissional. Ela trabalha na biblioteca municipal de Londrina (379 km ao norte de Curitiba), no Paraná.
Trabalhando desde 1988 na biblioteca, ela já teve problemas oculares, faringite, amigdalite e alergias.
Seu primeiro problema ocorreu em 1989, quando selecionava um acervo doado à biblioteca. "Coloquei a mão no olho e logo depois estava lacrimejando, com um bolha no olho esquerdo", afirma. O diagnóstico foi "fungo de livro".
Depois disso, Bacceti conseguiu evitar as dermatites (inflamações de pele), pois passou a limpar sempre as mãos após manusear livros "e nunca colocá-las nos olhos".
Mas Bacceti não é o único caso registrado na biblioteca. Quase todos os 48 funcionários já tiveram doenças profissionais.
A bibliotecária-chefe Lucília de Godoy Duarte, por exemplo, sofre de rinite alérgica há 20 anos. Ela trabalha no local há 22 anos.
Essa situação fez com que o Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho da Prefeitura de Londrina recomendasse o pagamento de adicional de insalubridade aos funcionários que trabalham no manuseio e seleção de livros e jornais.
Os funcionários começaram a receber adicional de insalubridade em maio, retroativo a março, no valor mensal de R$ 22,40.

Texto Anterior: Bibliotecas provocam doenças alérgicas
Próximo Texto: Veneno dá paralisia em bibliotecária
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.