São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996
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Incêndio destrói 2º andar da casa de shows Scala

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em apenas 30 minutos, o fogo destruiu o segundo andar da casa de shows Scala (Leblon, zona sul do Rio), do grupo Recarey. O incêndio começou às 9h de ontem. Seis funcionários estavam no prédio, mas ninguém se feriu.
Os bombeiros só foram acionados pela vizinhança meia hora depois, quando só restavam cinzas do palco, da mobília e de equipamentos de som e iluminação. O telhado do segundo andar desabou. As estruturas do prédio foram atingidas.
O empresário Francisco Recarey, 52, um dos sócios do Scala, disse que a casa tem seguro contra incêndio, mas não disse qual o valor que o seguro cobre.
"Não tenho idéia do prejuízo, mas não foi muito grande. reconstruiremos tudo em uma semana. No máximo em 15 dias a casa reabrirá", disse Recarey.
A casa foi interditada pela Defesa Civil. O laudo sobre as causas do incêndio sairá em dois dias.
"Demoraram muito a nos chamar. Quando chegamos, as chamas já estavam muito altas. Os funcionários disseram que estavam dormindo e não viram o fogo", disse o tenente André Laranjeira, do quartel do Corpo de Bombeiros do Humaitá (zona sul do Rio).
Moradores do bairro disseram ter ouvido pelo menos duas explosões. Quando o incêndio começou, estavam na casa dois gerentes, dois faxineiros e dois vigias -fora do horário de trabalho. Os funcionários foram retirados do local por dois bombeiros que moram no Leblon e viram as chamas.
O padre Marcos Belizário não chegou a rezar a missa das 9h, na igreja Santos Anjos, que fica ao lado do Scala.
"Ouvimos duas explosões e tijolos e telhas caindo. Alguém gritou que era fogo. Cem pessoas estavam na igreja. Houve pânico e correria", disse.
As vidraças da igreja foram quebradas e o reboco do Scala caiu em uma área do templo. Segundo o padre, o Scala tem apenas uma saída de emergência, que dá para a igreja e estaria trancada.
A assessoria de comunicação do Scala informou que existem outras saídas nas laterais, fundos e garagem.
A água de cinco carros de salvamento do Corpo de Bombeiros não foi suficiente para controlar o fogo. Os carros tiveram que reabastecer. Foram deslocados 60 bombeiros de quatro quartéis -Humaitá, Quartel Central, Gávea e Copacabana. Eles usaram duas escadas magirus e uma plataforma.
O trânsito na avenida Afrânio de Melo Franco -onde fica o Scala- foi fechado. 20 policiais militares foram acionados.

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