São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996 |
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TRECHOS
SOBRE CAETANO VELOSO Indagado a respeito de minha opinião sobre o roteiro de Glauber, havia um ponto de que eu não gostara. No original, o personagem Manuel, após se tornar um místico e um cangaceiro, encontra seu destino: o engajamento nas Ligas Camponesas. A mensagem óbvia me desagradara: a politização se revela o único meio para a libertação do povo oprimido. Eu e Glauber discutimos muito. Ele me colocou a outra opção: o final em aberto."(sobre sua influência sobre a concepção de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha) "As peças do escritor modernista (Oswald de Andrade) estavam esquecidas. Não havia reedições, e a primeira e única edição estava esgotada. Eu conheci 'O Rei da Vela' graças ao Ruggero Jacobbi, um italiano, intelectual e diretor de teatro, que tinha vindo para o Brasil para trabalhar no TBC e na Vera Cruz. Por ironia do destino, a peça de Oswald me foi apresentada por um italiano!" (explicando que foi ele quem apresentou a José Celso Martinez Corrêa o texto de "O Rei da Vela", de Oswald de Andrade) "É verdade. Caetano Veloso é um bom sujeito. Ele transmite o sentimento de que estamos diante de um homem digno de confiança e nos mostra, com poderosa clareza, que a principal função social de um artista é alimentar o crescimento espiritual de seu povo. A música de Caetano é alto-astral, seus efeitos são espiritualmente benéficos e ela faz bem até para a saúde do corpo." Texto Anterior: Maciel desencava anos 60 em livro e peça Próximo Texto: "Geração" não explica a contracultura Índice |
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