São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 1996
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Os pontos obscuros

Um mês depois do crime

. Suicídio ou homicídio?
Laudo do IML (Instituto Médico-Legal) de Alagoas diz que a bala que matou Suzana Marcolino descreveu trajeto compatível com suicídio, mas não descarta a hipótese de homicídio

. Digitais
Segundo o Instituto de Criminalística, as balas que mataram Paulo César Farias saíram do revólver comprado por Suzana. Não foram encontradas, entretanto, digitais da namorada de PC na arma

. Manchas de sangue
Há aparente contradição nas fotos tiradas pela polícia alagoana. Numa, sem os corpos, há uma grande mancha de sangue sobre a cama. Na outra, com os corpos, a mancha não aparece. É possível indício de alteração na cena do crime

. Sangramento
O legista Badan Palhares, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), considerou estranho o fato de PC não apresentar sangramentos no nariz ou na boca

. Janela
Foto da polícia de Alagoas publicada pela Folha no dia 18 mostra que a janela do quarto de PC não foi arrombada, como afirmaram em depoimento os seguranças do empresário

. Comida
PC tinha "restos alimentares" no estômago. Jantou às 0h30 e morreu, segundo o IML, entre 7h e 9h do dia 23 de junho. O instituto afirma que os alimentos podem ficar até seis horas no estômago

. Voz
Não foi identificado o sussuro gravado em recado deixado por Suzana Marcolino na caixa postal do telefone celular do dentista Fernando Colleoni

. Discussão e tiros
Funcionários de PC disseram que ouviram discussões entre o empresário e Suzana Marcolino, mas que não escutaram os tiros disparados na madrugada

. A arma
Segundo a família de Suzana, a namorada de PC não entendia de armas. Entretanto, as balas utilizadas no crime são especiais, do tipo "hollow point", mais letais

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