São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 1996
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PF aposta em "federalização"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal aposta na "federalização" das investigações sobre a morte do empresário PC Farias para tentar solucionar o caso.
As investigações já feitas pela PF indicam que Suzana Marcolino teria matado o namorado. A dúvida fica por conta do suicídio. A hipótese de crime passional, entretanto, também não está descartada.
A direção da PF acredita que pode assumir oficialmente o caso se a polícia alagoana mantiver a versão de crime passional e o legista Fortunato Badan Palhares apontar fatos novos em seu laudo.
A PF avalia que existem dois caminhos para assumir oficialmente as investigações, o que aconteceria após a conclusão do inquérito da Polícia Civil de Alagoas.
No primeiro, o ministro Nelson Jobim (Justiça) tentaria convencer o governador Divaldo Suruagy (AL) a requisitar uma nova investigação à PF. Na hipótese de Suruagy resistir, o segundo caminho seria um pedido do Ministério Público Federal que fosse feito um novo inquérito sobre o caso.
O relatório do delegado da PF que cuida do caso, Pedro Berwanger, deverá conter vários pontos inconclusivos em razão de dúvidas que continuam sem resposta.
Berwanger, conhecido por "Cão Farejador", comanda, por telefone, do Rio de Janeiro, as investigações em Maceió. Ele deverá finalizar seu relatório após ler o laudo de Badan Palhares, que realizou autópsia nos corpos de PC e Suzana.
O laudo pode, por exemplo, apontar indícios de que não havia sinais de arrombamento na janela do quarto, conforme foto publicada na semana passada pela Folha.

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