São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 1996
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Bovespa interrompe quedas da semana

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

O mercado de ações paulista conseguiu recuperar-se do que seria o quarto pregão de queda consecutivo da semana.
Quase no encerramento dos negócios, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) inverteu a tendência de baixa.
A Bolsa operou em alta até pouco antes do meio-dia, quando começou a cair até o final do pregão.
O índice Bovespa registrou alta de 0,74%, fechando em 60.963 pontos. O volume financeiro total alcançou R$ 566,4 milhões ontem. No mês, a Bolsa paulista ainda acumula valorização de 0,8%, enquanto na semana registrou perdas de 4,9%.
A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro permaneceu em queda ontem. O Isenn fechou em queda de 0,19%, com 22.382 pontos. O volume financeiro da Bolsa carioca ficou em R$ 19,7 milhões.
Operadores disseram que o mercado esteve basicamente especulativo em cima de Telebrás PN.
Houve realização forte com o papel da "blue chip" estatal, segundo um operador.
A ação chegou a ser negociada a R$ 70, mas acabou fechando em R$ 73,30, com valorização de 1,5%, ficando entre as maiores altas do Ibovespa.
A correlação da Bovespa com o mercado externo esteve muito fraca ontem, observaram analistas.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, esteve em alta durante o dia todo ontem, para fechar com alta de 1,26%.
A inquietação no cenário externo ficou por conta da crise política argentina, envolvendo o ministro da Economia, Domingo Cavallo.
Apesar de o mercado de ações portenho ser bem menor que o brasileiro, os problemas no país vizinho preocupam. Em Buenos Aires, o Merval caiu 1,20%.
Os investidores estrangeiros não olham individualmente os mercados emergentes, e sim em blocos.
O problema na Argentina, se ganhar proporções, será uma crise na América Latina, podendo refletir-se em todo o continente, disse um operador, lembrando a crise do México, em dezembro de 94.
Os mercados de juros e de câmbio continuaram sem muitas oscilacões ontem.
A aprovação, em segunda votação, da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) já foi absorvida pelos mercados.

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