São Paulo, sábado, 27 de julho de 1996 |
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Ruim de verso Advogado e ex-procurador militar, José Luiz Clerot (PMDB-PB) nunca teve dificuldade para se expressar em público, mas, na campanha de 1994, preferiu confiar nos conhecidos dotes de poeta cordelista do ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima. Num comício, no interior do Estado, Clerot foi direto: - Ronaldo, eu não sei fazer comício rimado como você. Fique perto de mim que vou tentar fazer um discurso mais emotivo. Cunha Lima se postou bem ao lado de Clerot, que abriu o verbo, fitando o ex-governador: - Olhem para este homem, tem a silhueta da coragem. O seu rosto, a imagem da sinceridade. Seus olhos, demonstram lealdade. O seu semblante, inspira tranquilidade. Do meio da assistência, entediado com a sequência de elogios, um eleitor interrompeu, levando a platéia ao delírio: - Ei, deputado, pare de ficar admirando a cara do Ronaldo. Texto Anterior: Tiro no pé; Vingança maligna; Sujeito oculto; Injeção de ânimo; Gato por lebre; Por via das dúvidas; Vida dura; Pane aérea; De bico; Medo informatizado; Guerra santa; De salto alto; Tucano na rede; Cartada rejeitada; Desculpa esfarrapada; Piadinha quercista; Reestréia marítima; Ajuda providencial Próximo Texto: Motta usa ato oficial para atacar o malufismo Índice |
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