São Paulo, sábado, 27 de julho de 1996 |
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Maluf nega favorecimento a Universal
PATRICIA ZORZAN
A liberação de R$ 800 mil foi publicada anteontem no "Diário Oficial" da cidade. A Secretaria da Família e do Bem-Estar Social também anunciou ontem uma verba de R$ 7.850 para um convênio de dois meses com a ABC. "A discriminação seria odiosa. A prefeitura dá dinheiro para entidades de qualidade: católicas, espíritas, evangélicas e muçulmanas", declarou Maluf. Segundo Pitta, é normal que subvenções assim aconteçam. "Estamos no inverno, quando as necessidades da população carente são mais pronunciadas." Apoio Tanto o prefeito quanto Pitta confirmaram suas participações em eventos patrocinados pelo grupo da Universal e no programa "25ª Hora", da Rede Record. O presidente executivo da ABC, pastor Ronaldo Didini, é o apresentador do programa. "Todos os candidatos foram convidados. Eu iria processá-los (a Rede Record), se eles não dessem espaço para todos", explicou o prefeito. Em entrevista à Folha, Didini declarou que apoiaria qualquer candidato que desse continuidade aos projetos da atual administração. "E o único que se dispõe a isso é o Celso Pitta", disse. Na avaliação do candidato malufista, não existe qualquer relação entre a liberação de verbas e um possível suporte eleitoral dos evangélicos para sua campanha. "Fé não se compra. Esta instituição faz um trabalho relevante. Não temos nada contra eles." Maluf também negou qualquer possibilidade de barganha. "Não existe política na distribuição de verbas municipais." Segundo o prefeito, cerca de R$ 100 milhões do orçamento municipal estão reservados para a subvenção de entidades assistenciais. O secretário Adail Vettorazzo (Família e do Bem-Estar Social), disse que, até o fim do ano, instituições católicas e evangélicas -excluída a ABC-, deverão receber R$ 5 milhões em verbas. Mais R$ 3,5 milhões serão dados para grupos espíritas. "Ódio" Maluf declarou ontem que o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, "tem ódio" do candidato tucano José Serra. "Por que o ministro se acovardou e não quis ser candidato? É porque ele tem ódio do Serra e quis que ele fosse para o quarto lugar (nas pesquisas). Aí sim, a cidade de São Paulo vai ganhar um grande senador." Falando sobre seu futuro político, o prefeito disse que poderia sair como candidato a deputado estadual ou federal em 1998. Logo depois, negou a possibilidade. Texto Anterior: Motta usa ato oficial para atacar o malufismo Próximo Texto: Serra quer fazer shopping e centro de lazer no Carandiru Índice |
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